A maternidade é um dos momentos mais sagrados da nossa vida. A maternidade é importante pois é período de extrema mudança durante a gestação de uma vida que vai mudar completamente a vida de uma família, uma geração. Já pensou nisso?
Planejamos a faculdade, a compra de um carro, uma casa, a criação de empresa e tratamos a gestação de uma vida como algo tão comum. O planejamento para a chegada do seu bebê é essencial e destaca duas etapas importantes: a preparação para o momento da gravidez e o nascimento do filho.
Um pré-natal seguro é fundamental durante toda a gravidez e para segurança da saúde do seu filhote.
Aconselhamentos sobre saúde, finanças, rede de apoio e outros pontos importantes.
E, agora? De tantas responsabilidades você precisa planejar mais essa?
A falta de planejamento financeiro vai muito além das compras de supermercado ou roupas. “Quando você tem noção do que ganha e de quanto gasta ao ano você pode planejar decisões mais importantes ao longo da vida, como a chegada de mais um membro da família, a aposentadoria, compra de imóveis”
Organizou as fases da gestação com dicas que ajudam as futuras mamães a cuidarem das finanças nessa etapa da vida onde os apelos comerciais são muitos.
- O PAPEL DA MÃE EM RELAÇÃO AO DINHEIRO
De acordo com o Censo 2010, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 38% das mulheres chefiam os domicílios brasileiros, ou seja, são elas quem pagam as contas da casa. Há dez anos esse número era de 29%. Em contrapartida, um levantamento de 2011 da Sophia Mind, empresa de pesquisa e inteligência de mercado do Grupo Bolsa de Mulher, mostra que 75% delas admitem ter dificuldades em investir.
- AS PRIORIDADES FINANCEIRAS QUANDO SE TEM CRIANÇA
Nós, mulheres, sabemos o quanto a preocupação com dinheiro pode afetar toda a nossa vida, trabalho, família, criando estresse, ansiedade, atrapalhando os nossos relacionamentos.
Imagine o conforto da estabilidade financeira, a tranquilidade e a qualidade de vida que ela proporciona… Isso é muito bom, não é?
E pode ser real!
Por isso, quero através de educação financeira, te ensinar a como economizar dinheiro, como distribuir de maneira inteligente as suas despesas e dessa forma economizar para ir ao passo final: começar investimento para atingir seus objetivos.
Então, eu vou falar de como funciona o passo para mudar sua situação financeira com dicas sobre como planejar as finanças, quais as melhores formas de gastar e poupar e quais são as escolhas mais conscientes.
· REDUÇÃO DE GASTOS POSSÍVEIS
fortes emoções ligadas a decisão de compra podem alterar o sentido de direção da compra, alvo fácil aos fortes apelos comerciais que envolvem a maternidade. “É comum os pais ficarem mais sensíveis às propagandas ligadas às crianças e quando percebem compram muito mais que o necessário para o filho. Eu também já cometi vários erros financeiros na minha primeira filha.
As dicas que vou dar aqui têm como base diversas pesquisas que já fizemos e também minha vivência na Alemanha enquanto planejadora financeira e mãe.
1) Trabalhe seu emocional pois sua vida será transformada, e não temos um manual para a maternidade.
2) Procure uma rede de apoio. Isso é especialmente importante para mães solo de baixa renda, que sofrem com a falta de amparo do Estado, principalmente na questão da falta de vagas em creches públicas, que ainda oferecem horário de funcionamento restrito. Conte com o apoio da família, amigos e vizinhos para cuidar dos seus filhos e te ajudarem a conciliar emprego, cuidados, atividades extras etc. Também existem diversos coletivos e grupos de apoio a mulheres no Facebook. Vale a pena entrar neles e pedir ajuda sempre que precisar – mesmo que seja para procurar um ombro amigo.
3) Tenha uma planilha. Há quem funcione melhor com aplicativo, planilha ou o bom e velho caderninho.
4) Estabeleça metas, inclusive para você mesma. Não esqueça de si!
5) Tenha uma reserva de emergência. Essa é uma das principais dúvidas de mães solo que recebo por aqui. Você precisa de uma para não ficar tão vulnerável e ter como arcar com imprevistos, como a sua saúde ou das crianças. O indicado é guardar 10% da renda líquida. Como? Começando aos poucos e ajustando o orçamento.
6) Faça de tudo para gerar uma renda extra. É mais fácil falar do que fazer, mas vamos ser o mais criativas e ousadas possível pra conseguir isso. Pergunte-se: de que forma ela consegue ganhar mais? Experimente formas de conseguir uma renda extra, seja com artesanato, venda de cosméticos, doces… Pegue seus filhos pra ajudar – assim você aproveita o pouco tempo livre que tem com eles ao seu lado.
7) Cobre seus direitos DE VERDADE! Você não fez filho sozinha, então, a pensão alimentícia é um direito dos seus filhos e dever do genitor.
8) Negocie suas dívidas. Estar endividada é algo comum entre as mães, não é fácil lidar com tantas despesas. Para sair do buraco, o ideal é trocar as dívidas caras (cartão e cheque especial) pelas mais baratas (empréstimo pessoal, via fintechs etc.). Ou seja, refinanciar.
9) Cuidado com consumismo infantil. Existe a questão da culpa, querer dar tudo para compensar uma possível ausência. Mas fique tranquila: você não é a Mulher Maravilha! Aprenda a distinguir desejo de necessidade e saiba quais itens você e seus filhos realmente precisam. Criança gosta mesmo é de simplicidade!
10) E como lidar com o julgamento dos outros? É difícil, mas é preciso ficar em paz com suas próprias decisões. Olhe para si e para seus filhos e saiba que você tomou as melhores melhores decisões naquele momento, com os recursos e capacidade que tinha, e tente ficar em paz. Você não sabe se vai dar certo, mas sabe que foi feito com amor, então, fique firme nas decisões.
Lembrando que tudo que falei aqui foi com base nos depoimentos que recebo diariamente de mães e da minha vivência ajudando essas mulheres. Em meus livros têm uma contribuição minha para o desenvolvimento e equilíbrio financeiro das famílias do meu Brasil.
Ficou com alguma dúvida?
